personalização a favor da evolução da indústria

Para explicar sobre a Personalização a favor da evolução da indústria, começarei com o seguinte exemplo: Armas, Germes e Aço é um documentário produzido pela National Geografic, que conta os resultados da pesquisa que o antropólogo Jared Diamond fez durante 30 anos.

Durante este período o antropólogo procurou entender porque os países europeus criaram tecnologia, representados pelas armas e o aço e como dominaram outros povos, como a Nova Guiné. Ele procurou entender o que separava os abastados dos não abastados, porque um país como os EUA que tem apenas alguns séculos cresceu mais do que Nova Guiné que tem uns 40mil anos?

Fiz uma lista de reprodução no youtube chamada “Personalização” com os vídeos deste documentário para você ficar a vontade e assistir depois de ler deste artigo.

Farei o “resumo da ópera”, porém ressalto que é bem interessante assistir a “ópera”.
Após anos de pesquisa, Jared Diamond percebeu que a diferença dos abastados e dos não abastados, é que o primeiro conseguiu ter sucesso na agricultura, advindo da produtividade gerada pela força animal, pois as roças eram trabalhadas com bois e cavalos, animais que não tinham em Nova Guiné.

Embora esta tecnologia pareça ser rústica aos olhares de hoje, gerar alimento para a população foi uma das premissas para gerar energia (nutrição) suficiente para que a população pudesse manejar o aço, que consequentemente disparou uma cadeia de eventos, pois do aço surgiu os trens, as cidades, as armas e muitos derivados.

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Como é possível relacionar o documentário com a personalização dos softwares na indústria?

A população de Nova Guiné utilizou das ferramentas que o ambiente lhe oferecia, ferramentas que não foram suficientes para criar uma ruptura tecnológica na produção de alimentos, e consequentemente levou próprio insucesso na agricultura e nas demais questões.

O mesmo ocorre hoje no mercado de softwares, em que muitas vezes são oferecidos softwares padronizados e o setor industrial tem que se enquadrar a estes softwares. Trabalhar na personalização dos softwares levará a empresa a disparar uma cadeia de eventos, pois irá garantir a produção de informações que levam em consideração as singularidades da própria empresa, item que impactará diretamente no know how, consequentemente levará a uma ruptura tecnológica na produtividade e na competitividade estratégica ao longo do tempo.

Quais aquisições e personalizações são importantes para a indústria?
Na indústria um dos primeiros passos para criar tecnologia (leia-se produtividade) é automatizar o processo produtivo com soluções e serviços de automação industrial de forma a garantir a qualidade das medições e informações geradas no “chão-de-fábrica”.

Integrar as informações dos supervisórios com os sistemas ERPs podem ser uma excelente estratégia visto que várias empresas tem dificuldade em alimentar as informações de “chão de fábrica” aos ERPs. Com apenas este processo, a empresa poderá encontrar várias oportunidades de melhorar o seu processo e a sua produtividade. O que alguns chamam de “colher as maças que estão no chão”.

Um próximo passo está na análise profunda das informações. A inteligência deve começar a ser utilizada como principal ferramenta neste processo. Fazer com que os softwares façam a análise e não somente gerem informações torna-se um desafio.

Imagine o quanto de tempo é poupado quando para tomar uma decisão é necessário analisar apenas algumas informações já compiladas levando-se em consideração vários fatores de riscos e cálculos estatísticos.

Podemos citar o fato de um equipamento produtivo sofrer paradas programadas em nome da manutenção preventiva. Com certeza não deixa de ser uma boa estratégia, mas porque um motor precisa ser revisado com uma periodicidade fixa?

Não seria melhor utilizar ferramentas estatísticas atreladas a inspeções e ferramentas preditivas para determinar quando ele poderá falhar e aí sim intervir com uma manutenção? Afinal de contas você aproveitaria ao máximo a disponibilidade do seu equipamento e conseguiria reduzir os custos de manutenção já que ela seria realizada em maiores intervalos de tempo.

Na década de 80 os sistemas de ERP foram considerados revolucionários, e a indústria aderiu para não perder competitividade. Pela acirrada competitividade e pelo “achatamento do planeta” (Leitura recomendada: O Mundo é Plano), o próximo processo será a de maior necessidade de controle de custos de produção e consequentemente da maior necessidade de informações precisas e confiáveis.

Assim, mais importante do que gerar as informações é saber compilar e absorve-las em um aprendizado contínuo. Os softwares terão que adaptar-se à forma de trabalho das empresas e mais necessária será a personalização dos softwares.