As Válvulas Pneumáticas são componentes de circuito pneumático designadas para controlar e  manipular o fluxo de ar comprimido (direção, pressão e/ou vazão do ar). Podendo ser de Controle Direcional, Reguladora de Fluxo, Reguladora de Pressão e de Bloqueio.

  • Válvula Direcional: Controlam a parada, partida e sentido do movimento de um atuador;
  • Válvula Reguladora de Fluxo: Influencia na vazão do ar comprimido;
  • Válvula Reguladora de Pressão: Influenciam na pressão do ar comprimido ou são controladas pela pressão de ar comprimido;
  • Válvula de Bloqueio: Bloqueia o sentido de ar comprimido, podendo ou não liberando o ar para o sentido oposto.

Os atuadores e componentes pneumáticos, para realizarem seu trabalho, deve ser acionados desacionados convenientemente no momento que desejamos ou de forma que o sistema foi programado.

1 – Válvulas Direcionais

Orientam a direção que o fluxo de ar deve seguir, com o objetivo de realizar determinada tarefa. As Válvulas Pneumáticas Direcionais são representadas por quadrados com setas em seu interior. Os quadrados indicam a quantidade de posições que a válvula possui, já as setas indicam as ligações internas da válvula nas determinadas posições. Vale lembrar que as setas não necessariamente  indicam o sentido do fluxo.

Válvulas Pneumáticas Direcional

Figura 1: Exemplo de Válvulas Pneumáticas Direcionais

As Válvulas Pneumáticas direcionais podem ser acionadas de diferentes formas:

  • Manual
  • Mecânicos
  • Pneumáticos
  • Elétricos
  • Combinado
Acionamentos de Válvulas Pneumáticas Direcionais

Figura 2: Tipos de Acionamento de Válvulas Pneumáticas Direcionais

 

2 – Válvulas Reguladora de Fluxo

Em aplicações pneumáticas muitas vezes tem a necessidade da diminuição da quantidade de ar que passa pela tubulação, o que é muito utilizado quando se necessita regular a velocidade de um cilindro ou formar condições de temporização pneumática. Essas válvulas pneumáticas reduzem a seção de passagem para aumentar ou diminuir  a vazão do ar comprimido controlando assim a velocidade dos cilindros Pneumáticos. Quando se necessita influenciar o fluxo do ar comprimido, podendo ser fixa ou variável, unidirecional ou bidirecional.

  • Controle Bidirecional: Limita a passagem nos dois sentidos.
  • Controle Unidirecional: Permite a passagem livre em um sentido o e restringe no oposto.
Válvulas Pneumáticas Controladora de Fluxo

Figura 3:Exemplo de uma  Válvula Controladora de Fluxo Unidirecional

3 – Válvulas Pneumáticas Reguladoras de Pressão

Limita a pressão de um  linha de de distribuição pneumática, evitando a sua elevação, além de manter ao um ponto ideal admissível. Uma pressão predeterminada é setada através de uma mola calibrada, que é comprimida por um parafuso, transmitindo sua força sobre um êmbolo e mantendo-o contra uma sede.Podendo ser encontrada em três configurações:

  • Limitadora: Matem a pressão ajustada do sistema, não permitindo o seu aumento;
  • Reguladora ou  com escape: Mantém a pressão do sistema constante independente da pressão de entrada, sendo que a pressão de entrada sempre tem que ser maior que a da saída;
  • Sequência: Quando a pressão de entrada vence a força opositora de mola, a válvula é aberta, permitindo o fluxo para o orifício de saída. Isso ocorre quando há uma contrapressão ou a regulagem do mola está muito baixa.
Válvula Reguladora de Pressão

Figura 4: Válvula Reguladora de Pressão

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4 – Válvulas Pneumáticas de Bloqueio

As Válvulas Pneumáticas de Bloqueio permitem o fluxo livre em um dos sentidos e bloqueia completamente no sentido oposto. Podendo ser:

  • Escape Rápido: Pela válvula de escape rápido é possível consumir grandes volumes de ar comprimido aumentado a velocidade dos atuadores. Já que para um movimento rápido do cilindro um dos fatores determinantes é a velocidade do ar de escape, já que a pressão em uma das câmaras deve ter caído o suficiente, antes que a pressão do lado oposto aumente  para ultrapassá-la.
Válvulas Pneumáticas de Escape Rápido

Figura 5: Válvula de Escape Rápido

  • Válvula de Isolamento (Elemento OU):Essa Válvula possui de três orifícios no corpo, sendo, duas entradas de pressão e uma de saída. Quando a uma “excitação” em uma das entradas, a entrada oposta é automaticamente vedada e o sinal emitido flui até a saída. O ar comprimido que foi utilizado retorna pelo mesmo caminho. Uma vez cortado o fornecimento, o elemento seletor interno permanece na posição, em função do último sinal emitido até que haja uma futura alteração de sinal.
Válvula de Isolamento (OU)

Figura 6: Exemplo de Válvula de Isolamento (OU)

  • Válvulas Pneumáticas de Simultaneidade (Elemento E): Igualmente a válvula de isolamento, também possui duas entrada e uma saída no corpo. A diferença se dá em função de que o ponto de utilização será atingido pelo ar, quando duas pressões chegarem nas entradas, sendo simultâneas ou não. A que primeiro chegar, ou ainda a de menor pressão, se autobloqueará, dando passagem para a maior.
Válvula de Simultaneidade

Figura 7: Válvula de Simultaneidade

Válvula de Retenção

Figura 8: Válvula de Retenção

 

Coautoria: Leonardo Sanches do Carmo

Especialista em Pneumática Industrial, formado em Tecnologia de Eletrônica Automotiva na FATEC Sorocaba (Faculdade de Tecnologia “José Crespo Gonzales”) e técnico em Eletroeletrônica pelo SENAI de Alumínio (“Antônio Ermínio de Moraes”). Atualmente Pesquisador da FAPESP (Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de São Paulo) na Empresa CitiSystems.

 

Referências: