O controle de qualidade é um dos principais pontos para o sucesso e competitividade da indústria e vem ganhando força nas últimas décadas devido a alta exigência do consumidor, crescente cobrança de órgãos regulamentadores e consequentemente dos proprietários e acionistas das indústrias.

O controle da qualidade iniciou-se com a era da inspeção, que se voltava para o produto acabado. Dessa forma não era produzido qualidade e o resultado era apenas a detecção de produtos defeituosos.

Durante anos, grandes estudiosos como Frederick Taylor, Walter A. Shewhart e Peter Drucker apresentaram ao mercado, através de suas publicações, a importância do controle da qualidade de forma organizada fazendo-se difundir algumas ferramentas como o 5S, Kaizen, 5w e 2h.

A partir de 1930, Walter Shewhart começou a colocar em prática em fábricas nos Estados Unidos alguns conceitos básicos em Estatística e Metodologia Científica. Ele foi o pioneiro da área de Controle Estatística de Processo (CEP).

Desde então o emprego do CEP foi evoluindo e atualmente não há fábrica no mundo que não aplica pelo menos algumas ferramentas simples de CEP para a melhoria dos processos industriais.

Com a evolução do CEP, surgiram também softwares para o controle estatístico para proporcionar maior eficiência na coleta e tratativa dos dados. Estes softwares possuem a enorme vantagem de proporcionar o monitoramento contínuo do processo e detectar desvios em tempo real.

Softwares para controle estatístico de processo

Os softwares para controle estatístico de processo proporcionam um monitoramento contínuo para detecção de algum descontrole que possa ocorrer durante a fabricação do produto. Geralmente eles fazem um processamento instantâneo das informações com a vantagem de permitir que as informações sejam inseridas tanto manualmente quanto automaticamente. Assim, surgem grandes benefícios. Dentre eles, é possível citar:

1. Redução de custos operacionais

Na indústria, em geral, a matéria prima é igual para todos. O preço de venda é ditado pelo mercado e o valor da mão de obra é estabelecido de acordo com a categoria. A autonomia do empresário fica então no controle do processo produtivo sendo que quanto mais eficiente o processo, mais lucrativa a empresa será.

Este raciocínio segue os mesmos princípios da automação industrial que está baseada na redução dos custos operacionais e aumento da eficiência de produção, conciliando com parâmetros técnicos de qualidade do produto a ser produzido.

Com a automação industrial, a alimentação das informações do processo começou a ser gerada automaticamente.  Especificamente falando dos softwares para controle estatístico de processo, foi possível fazer a coleta dos dados através da utilização de instrumentos de medição digimatic ou instrumentos de alta precisão integrados aos sistemas supervisórios.

Com a informação centralizada em uma única interface, gera-se economia de mão de obra no processo de leitura e aquisição de tecnologias e diminuição da probabilidade de falha humana.

2. Aumento da Eficiência na Produção;

Com informações centralizadas e com as ferramentas de diagnóstico analisando os dados em tempo real, é possível aumentar a eficiência na produtividade, pois a diminuição do tempo de análise das informações facilita a tomada das decisões.

3. Qualidade Técnica

O fato de ter todos os dados coletados e armazenados em banco de dados proporcionando o registro de desvios com as devidas tratativas e conclusões diretamente no banco, possibilita um ganho na qualidade das informações.

Elas permitirão análises futuras de forma a buscar similaridade com problemas ocorridos no passado. Assim é possível evidenciar tratativas ineficientes e melhorar as ações continuamente de forma a garantir o controle de qualidade dos produtos produzidos.

Várias outras ferramentas podem ser agregadas nos softwares de controle estatístico de processo. Veja abaixo algumas ferramentas que podem ser agregadas e contribuem para solucionar problemas relativos ao controle de qualidade.

Ferramentas para o controle de qualidade na automação industrial.

As ferramentas abaixo colaboram para a gestão ao longo do processo e auxiliam a gerência a raciocinar e tomar decisões baseados em números e fatos. Elas também podem facilmente seram agregadas a softwares CEP.

  • Histogramas

“Na estatística, um histograma é uma representação gráfica da distribuição de frequências de uma massa de medições, normalmente um gráfico de barras verticais.”* 

Na prática, esta ferramenta apresenta se há irregulares na produção, na produção é levantada uma amostra do material produzido e as especificações técnicas da mesma são equiparadas com os dados técnicos de controle de qualidade, veja abaixo a tela do softwares CEPSYS ( software de controle estatístico de processo ) que a Citisystems oferece.

Controle estatístico de processo | Automação Industrial

Histograma – Tela do Software de controle estatístico de processo – CEPSYS – Clique na imagem para AMPLIAR

 

  • Cartas de Controle

Esta ferramenta é utilizada para verificar se a produção está sob controle, antes da produção é determinada as medidas médias de controle, durante a produção as ferramentas medição da linha de produção informam ao sistema a real informação do que foi medido, é apresentado na tela as diferenças entre o que é pretendido e o que é produzido.

Controle estatístico de processo | Automação Industrial

Carta controle – Aquisição de variáveis de processo

 

  • Gráfico de Pareto

O gráfico de Pareto pode ser também denominado como curva ABC, na prática ele apresenta o peso ( representado em % ) de cada ítem dentro do processo produtivo, assim a atenção é voltada para o material com maior peso no resultado final.

  • Diagramas de Causa e efeito

    Desenvolvida pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, “esta ferramenta permite estruturar hierarquicamente as causas potênciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos”.*

  • Folhas de Verificação

    “As folhas de verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Além disso elas evitam comprometer a análise dos dados.”
     
  • Gráficos de dispersão

    É apresentada em forma gráfica se há relação entre duas variáveis que podem ser medidas e contadas, tais como: energia, velocidade, tamanho, pressão, etc. Muitas vezes é necessário encontrar algumas relações e assim analisar o impacto destas no controle de qualidade.

  • Fluxogramas

    É bem utilizado para apresentar a organização a interação dos diferentes elementos presentes dentro processo produtivo e como cada um destes impactam no fluxo do trabalho. É graficamente representado por diagramas e estes apresentam a transição das informações.
*fonte: Wikipedia.org