Este artigo tem como proposta apresentar como as ferramentas de automação industrial colaboram na aplicação de um programa de Gestão de Qualidade Total e quais os fatores que favorecem o sucesso deste programa.
Gestão da Qualidade Total

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A Gestão da Qualidade Total ( “Total Quality Management” ou simplesmente “TQM”) é uma filosofia que objetiva criar consciência e melhorar os processos em diferentes locais da organização. A palavra TOTAL representa que este controle de qualidade é aplicado não só com a empresa em si, mas também com toda cadeia de fornecedores.

O domínio da qualidade possibilita as empresas lucrarem mais, atender com mais eficiência a expectativa dos clientes e afeta consequentemente toda cadeia produtiva.

A Gestão da Qualidade Total pode ser compreendida por duas maneiras, pelo modelo americano e pelo modelo japonês, a principal diferença é que no modelo americano o projeto deve ser conduzido por especialistas e o modelo japonês não dá exclusividade a estes especialistas.

Uma característica interessante da Gestão da Qualidade Total é que embora os aspectos técnicos sejam primordiais, os resultados serão alcançados somente se tiver uma boa relação entre as pessoas das diferentes áreas da empresa, entre empresa e fornecedores, entre a empresa e a força de trabalho, entre a empresa e os clientes. A Gestão da Qualidade Total tem como fundação o entrelaçamento social.

Um programa de TQM é dividido em 4 fases comumente chamado de PDCA cycle, ( Plan, do, check e Act ). O PDCA consiste em um ciclo de trabalho que inicia-se no planejamento das ações, posteriormente são executadas estas ações, e consequentemente são checados os resultados, após estes analisados o ciclo inicia-se em um novo planejamento.

Softwares e a Gestão da Qualidade Total.

Como disse W.E Deming, “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”, ou seja, o “que não pode ser medido, não pode ser melhorado”, estas frases refletem o papel da automação industrial e da relevância das ferramentas de apontamento de produção, da utilização de supervisórios e softwares para controle estatístico de processo, da integração dos supervisórios com os sistemas de ERP ou  a integração dos supervisórios com sofwares de confiabilidade. Estas ferramentas fornecem uma abordagem científica sobre o projeto, com elas obtém-se informações no inicio do projeto e os resultados que sucederem após a execução do planejamento. Estas ferramentas informarão o número de defeitos por unidade, nível de refugo, tempo médio entre paradas e falhas e uma série de informações sobre a produtividade.

Quando se não tem estas ferramentas, lança-se mão da análise manual dos números, esta qual está exposta a erros humanos, é frequente a alta gerência ter uma “eficiência de 80%” na conferência manual das informações e a partir do momento que é implantado sistemas de monitoramento, o mesmo índice cai para 60%, este é um momento complicado para a alta gerência. Não é a implantação do software que faz cair o índice, o software só apresenta  a performance real da empresa, o que é muito positivo, pois quanto mais próximo do cenário real, melhores decisões são tomadas.